À medida que os mecanismos que dão origem à obesidade se tornam mais claros também ficam mais evidentes os motivos pelos quais a perda da gordura corporal e a manutenção dessa perda somente por mudanças comportamentais podem ser difíceis para muitas pessoas. As terapias são apenas modestamente efetivas, e o desenvolvimento de novos medicamentos seguros para uso prolongado tem sido difícil porque os sistemas de regulação energética estão entrelaçados com outros processos vitais no corpo e no cérebro, criando risco de efeitos colaterais sérios. As abordagens terapêuticas atualmente em desenvolvimento tentam escolher como alvos mais precisos as moléculas e os mecanismos que controlam a quantidade de energia que o corpo assimila na forma de alimento ou a quantidade que ele armazena e queima.
TERAPIAS EXISTENTES
Sibutramina
- Eleva a disponibilidade de serotonina e noradrenalina, substâncias cerebrais que afetam o apetite, bem como o humor e outras funções
Rimonabant
- Suprime a atividade dos receptores CB1, que estimulam o apetite e estão envolvidos no processamento celular da gordura. (Não aprovado nos EUA)
Cirurgia Bariátrica
- Reduz e/ou faz um desvio da bolsa gástrica e parte do intestino para reduzir a quantidade de alimento assimilado e digerido. Reduz o apetite por alterar as respostas hormonais do intestino ao alimento
Orlistat
- Bloqueia a absorção de gordura no intestino e diminui a ingestão de calorias
AS NOVAS ABORDAGENS
Em relação ao apetite
- Bloquear a atividade dos neuropeptídios estimuladores do apetite mch ou npy, ou da grelina;
- Estimular a atividade supressora do apetite dos receptores MC4 ou subtipos de receptor da serotonina;
- Inibir as proteínas neurais SOCS3 e PTP1B para neutralizar a resistência à leptina.
Em relação ao armazenaneto de energia
- Reduzir a ingestão de energia por células adiposas e a fabricação de triglicérides pela inibição da enzima 11bHSD1
Em relação ao uso da energia armazenada
- Aumentar a velocidade de liberação de triglicérides no sangue como combustível , estimulando os receptores PPAR e beta3-adrenérgicos nos tecidos;
- Aumentar a proteína FGF21, que faz as células hepáticas queimarem gordura.
por Jeffrey S. Flier e Eleftheria Maratos-Flier
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