28 de ago. de 2010

Ioga é mais eficaz para ansiedade que outros exercícios.

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O pesquisador sugere ainda que a prática do ioga seja considerada como uma potencial terapia para alguns transtornos mentais.

Ioga versus caminhada

Pesquisadores da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, verificaram que o ioga pode ser superior a outras formas de exercício quanto aos efeitos positivos sobre o humor e a ansiedade.

Os cientistas compararam os níveis de uma substância conhecida como GABA (gama-aminobutírico cerebral) dos praticantes de ioga com os níveis de outro conjunto de pacientes que praticavam caminhada.

Baixos níveis de GABA são associados com a depressão e outros transtornos de ansiedade generalizada.

Estado psicológico

Os pesquisadores acompanharam dois grupos de indivíduos saudáveis durante um período de 12 semanas. Um grupo praticava ioga três vezes por semana durante uma hora, enquanto os demais indivíduos caminhavam durante o mesmo período de tempo.

Usando espectroscopia por ressonância magnética (MRS), imagens dos cérebros dos participantes foram digitalizadas antes do início do estudo. Na semana 12, os pesquisadores compararam os níveis de GABA de ambos os grupos antes e após a sua última sessão de 60 minutos.

Foi pedido a cada participante que avaliasse seu próprio estado psicológico em vários momentos ao longo do estudo.

Aqueles que praticaram ioga relataram uma diminuição mais significativa da ansiedade e uma melhoria no humor mais intensa do que aqueles que caminharam.

Ioga-terapia

"Com o tempo, as mudanças positivas nesses relatos foram associadas com os níveis crescentes de GABA," conta o Dr. Chris Streeter, coautor da pesquisa.

Segundo ele, os resultados justificam pesquisas mais aprofundadas sobre a relação entre o ioga e o humor.

O pesquisador sugere ainda que a prática do ioga seja considerada como uma potencial terapia para alguns transtornos mentais.

26 de ago. de 2010

Vegetais de folhas verdes reduzem o risco do diabetes.

Vegetais de folhas verdes reduzem o risco do diabetes
Vegetais de folhas verdes, como o espinafre, também podem ajudar na redução do risco do tipo 2 diabetes devido ao seu elevado teor de magnésio. [Imagem: Miansari66/Wikimedia]

Vegetais e diabetes

Comer mais vegetais folhosos verdes pode reduzir significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2, segundo uma pesquisa publicada pela revista médica British Medical Journal.

Nas últimas duas décadas, a incidência do diabetes tipo 2 tem aumentado dramaticamente em todo o mundo.

O trabalho, coordenado por Patrice Carter, da Universidade de Leicester, afirma que é necessário que se aprofundem os estudos sobre os benefícios potenciais dos vegetais de folhas verdes.

Frutas e legumes

Patrice Carter e seus colegas revisaram seis pesquisas, envolvendo mais de 220 mil participantes, que estudaram as relações entre o consumo de frutas e vegetais e o diabetes tipo 2.

Já se sabe que as dietas ricas em frutas e legumes ajudam a reduzir o câncer e as doenças cardíacas, mas a relação entre a ingestão de frutas e vegetais e o diabetes ainda não está bem claro, dizem os autores.

Os resultados revelam que ingerir e uma porção e meia de verduras de folhas verdes por dia reduz o risco de diabetes tipo 2 em 14%.

No entanto, uma combinação de mais frutas e legumes não afeta significativamente este risco. Contudo, como apenas um pequeno número de estudos foi incluído na meta-análise, os benefícios das frutas e vegetais como um todo para a prevenção do diabetes tipo 2 pode ter sido ocultada.

Alimento melhor que suplemento

Os autores acreditam que as frutas e os vegetais podem prevenir doenças crônicas por causa do seu conteúdo antioxidante. Vegetais de folhas verdes, como o espinafre, também podem ajudar na redução do risco do tipo 2 diabetes devido ao seu elevado teor de magnésio.

Os autores argumentam que "os nossos resultados reforçam a evidência de que os alimentos, e não componentes isolados, como os antioxidantes, são benéficos para a saúde ... os resultados de vários ensaios testando esses suplementos produziram vários resultados decepcionantes para a prevenção da doença. "

Os pesquisadores também observam que uma pesquisa anterior, em 2002, descobriu que 86% dos adultos do Reino Unido consumiam menos do que as cinco porções recomendadas de frutas e legumes por dia, com 62% consumindo menos de três porções.

O estudo afirma que "estima-se que o consumo inadequado de frutas e hortaliças podem ter contabilizado 2,6 milhão de mortes no mundo no ano de 2000."

20 de ago. de 2010

Exercícios físicos pioram a azia crônica?

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Pesquisas mostram que tudo é uma questão de escolher o exercício certo.

Para quem sofre com azia crônica, minimizar os exercícios pode parecer óbvio. Muita corrida ou saltos podem induzir o refluxo do conteúdo ácido do estômago. Com algumas precauções, porém, o tipo certo de exercícios na verdade pode melhorar essa condição.

Estudos descobriram que sessões curtas de exercícios moderados pelo menos algumas vezes por semana podem reduzir o risco de refluxo gastroesofágico, em parte porque reduz o índice de massa corpórea, um fator de risco essencial para o problema.

Um estudo, publicado em 2004 e que incluiu mais de 3 mil pessoas que relataram ter refluxo, descobriu que uma sessão de exercícios de meia hora no mínimo uma vez por semana (associada ao consumo de alimentos com alto teor de fibra) ajuda a reduzir pela metade o risco de apresentar essa condição.

Duas medidas podem ajudar: evitar alimentos duas horas antes de praticar exercícios e ficar longe de bebidas isotônicas com muito carboidrato.

O exercício específico, porém, é crucial. Cientistas descobriram que atividade aeróbica com maior “agitação do corpo”, como corrida vigorosa, acaba induzindo o refluxo ácido, até mesmo em pessoas que não têm azia crônica. Exercícios menos agitados – como pedalar numa bicicleta ergométrica, por exemplo – causam menos problemas.

Outro fator é a posição do corpo. Levantamento de peso com os braços, musculação nas pernas e qualquer outro exercício que envolve ficar deitado aumentam muito o risco de refluxo. Um estudo de 2009 mostrou que surfistas apresentam risco muito maior de apresentar refluxo gastroesofágico do que outros atletas.

“Remar de bruços sobre a superfície da prancha de surfe leva a um aumento da pressão intra-abdominal”, escreveram os autores do estudo.

do The New York Times

17 de ago. de 2010

Salto alto provoca varizes e outras doenças venosas.

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Agência USP

Pesquisa feita na Divisão de Cirurgia Vascular e Endovascular, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP, comprovou cientificamente o que, na prática, muitas mulheres já sabiam. Salto alto, principalmente utilizado por longos períodos, pode dar origem a varizes e outras doenças venosas como vasinhos, flebites e até tromboses.

O sangue chega às pernas pelas artérias e volta pelas veias, como se fossem duas ruas de mão única, uma vai, outra vem. Esse fenômeno, chamado de retorno venoso, é fundamental na circulação. A origem da maioria das doenças venosas é a sobrecarga ou a desorganização deste circuito, por exemplo, permitindo que a veia funcione como uma rua de mão dupla ou que haja grande volume residual de sangue, comprometendo a função hemodinâmica do sistema venoso, ou seja, o fluxo sanguíneo nas veias.

O uso do salto alto, segundo dados da pesquisa do médico Wagner Tedeschi Filho, impede que o tornozelo trabalhe em seu ângulo ideal. Isso limita a articulação e leva a um encurtamento do curso de trabalho da panturrilha. “A panturrilha não contraindo de forma ideal acaba por bombear mal o sangue e há uma queda na fração de ejeção de sangue, ou seja, sobra mais sangue na perna, o chamado volume residual venoso. Esse resíduo pode provocar hipertensão venosa nos membros inferiores, dando origem a varizes e outras doenças venosas”, afirma Tedeschi Filho.

A pesquisa foi dividida em duas partes. A primeira avaliou a influência da altura e do formato dos saltos em 30 mulheres, com idade entre 20 e 35 anos. Cada uma das voluntárias foi avaliada, por meio do exame chamado pletismografia a ar, em quatro situações: a voluntária calçada com salto de 3,5 centímetros (cm), salto agulha de 7,0 cm e salto plataforma, tipo Anabela, de 7,0 cm, e descalça. As mulheres foram submetidas aos testes uma única vez com cada tipo de calçado diferente. “Esse aparelho, semelhante ao de medir pressão no braço, foi acoplado na perna e a um computador e permitiu obter em tempo real gráficos sobre a função hemodinâmica do sistema venoso. Esses gráficos nos deram os índices de variação do volume da perna durante um movimento e com isso soubemos se estava ou não havendo problemas no fluxo venoso.”

Entre as informações obtidas, Tedeschi Filho destaca os valores do índice de enchimento venoso, que mede a saúde venosa global da perna, a fração de ejeção, que mede a capacidade da panturrilha ejetar sangue venoso, e, ainda, a fração de volume residual, que mede o ‘resíduo’ de volume da perna.

Os resultados mostraram que o maior volume residual ficou com os saltos de 7,0 cm, tanto agulha quanto plataforma. Enquanto o volume residual venoso considerado normal é de 35%, nesses saltos chegaram a 59% em média, na plataforma, e 56%, no agulha. Já o salto comum, 3,5 cm, deixou 49% de resíduo, enquanto descalço foi de aproximadamente 35%. “Não foi apenas uma maior retenção venosa que o salto alto provocou, também ficou prejudicada a capacidade de contração da panturrilha. Além disso, o salto plataforma apresentou uma tendência a ser ainda mais deletério que o salto agulha”, alerta o pesquisador. Segundo ele, o estudo mostrou que quanto maior o tempo de uso do salto, maior a exposição a esse fator prejudicial.

Numa segunda parte da pesquisa foi aplicado um questionário, respondido por 50 mulheres que usam salto alto, também com idade entre 20 e 35 anos, algumas que participaram da primeira parte, as dos testes. Todas as voluntárias não eram obesas e não tinham diagnóstico de doença venosa. “Os resultados desses questionários mostraram que as voluntárias queixam-se de dor mais frequentemente após períodos maiores de uso de salto”.

Pletismografia a ar

Segundo o pesquisador, no Brasil existem outros estudos sobre o tema, mas o seu é o único na literatura com o uso da pletismografia a ar completo e de acordo com protocolos internacionais, que são aceitos e reproduzidos em vários centros. “Os resultados dão embasamento científico para a orientação médica sobre a questão do salto alto. Agora temos um estudo sério, com método consagrado que prova de forma inequívoca que o salto alto prejudica o retorno venoso”, conclui.

A dissertação Influência da altura e do tipo de salto de sapato no retorno venoso da mulher jovem avaliada por pletismografia a ar foi orientada pelo professor Carlos Eli Piccinato, e defendida no final do mês de julho, dia 29, na FMRP.

8 de ago. de 2010

Dormir pouco ou dormir muito aumenta risco cardiovascular.

Dormir na medida certa

Dormir pouco pode aumentar os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares. Mas dormir muito também. A conclusão é de um estudo publicado no último exemplar da revista Sleep.

De acordo com a pesquisa, o risco foi 2,2 vezes maior nos 8% da população analisada que disse dormir cinco horas por noite ou menos, incluindo sonecas durante o dia, do que entre aqueles que dormiam sete horas.

Entre os 9% da população estudada que dormiam nove horas por dia ou mais, o risco de desenvolver algum tipo de doença cardiovascular também se mostrou elevado: 1,5 vez maior do que entre aqueles que dormiam sete horas.

Os resultados foram ajustados para levar em conta variáveis que poderiam ter influência, como idade, sexo, raça, tabagismo, consumo de álcool, índice de massa corporal, nível de atividade física, diabetes, hipertensão e depressão.

Tempo ideal de sono

Os pesquisadores analisaram dados de 30.397 adultos que participaram do National Health Interview Survey de 2005, feito pelo Centro de Controle de Doenças, do governo norte-americano, que coletou informações sobre fatores demográficos e características socioeconômicas, de saúde e de estilo de vida da população.

"Os resultados do estudo sugerem que a duração anormal do sono afeta adversamente a saúde cardiovascular. Perturbações no sono podem ser um fator de risco para doenças cardiovasculares mesmo entre pessoas aparentemente saudáveis", disse Anoop Shankar, professor da Escola de Medicina da Universidade do Oeste da Virgínia, nos Estados Unidos.

A associação entre cinco horas ou menos de sono por dia com doenças cardiovasculares foi maior entre mulheres e entre adultos com menos de 60 anos.

Embora o número ideal de horas de sono diário varie de pessoa a pessoa, a Academia de Medicina do Sono dos Estados Unidos recomenta que a maioria dos adultos durma entre sete e oito horas por noite de modo a se sentir alerta e descansado durante o dia.

Privação do sono

Segundo os autores do estudo, os mecanismos por trás da associação entre privação de sono e problemas cardiovasculares podem incluir distúrbios em funções endócrinas e metabólicas.

Entre os efeitos negativos de dormir insuficientemente estão redução da sensibilidade à insulina, aumento na atividade simpática e elevação da pressão arterial. Esses efeitos aumentam o risco de endurecimento nas artérias.

Por outro lado, horas dormidas além do normal podem estar relacionadas com problemas que envolvem a qualidade do sono ou a respiração.

Os autores ressaltam que a natureza do estudo não permite determinar fatores causais. Mas, segundo eles, os resultados sugerem que questionários sobre a duração habitual do sono podem ser um aspecto importante da medicina preventiva.