26 de jun. de 2010

Aumento no preço de refrigerantes pode reduzir obesidade nos EUA.

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Segundo pesquisadores norte-americanos de Harvard, elevar o preço dos refrigerantes com açúcar pode fazer com que os consumidores procurem bebidas mais baratas e saudáveis.

Eles informaram na quinta-feira (17) que ao elevar em 35% o preço de uma lata de refrigerante na lanchonete de um hospital de Boston, as vendas das bebidas caíram 26%, o que mostra evidências de que a adição de um imposto sobre elas pode levar os consumidores a melhores escolhas.

A obesidade eleva em cerca de US$ 147 milhões por ano os custos do sistema de saúde dos EUA. Diversos Estados, como Nova York e Califórnia, subiram os impostos sobre os refrigerantes para cobrir o custo de doenças relacionadas à obesidade.

"A obesidade atingiu níveis epidêmicos. É um problema extremamente difícil e complicado", disse Jason Block, cujo estudo foi publicado no "American Journal of Public Health".

Ele disse que os refrigerantes têm sido cada vez mais reconhecidos como um dos principais contribuintes para o crescimento da obesidade no país.

No mês passado, a primeira-dama Michelle Obama anunciou um plano de 70 pontos para reduzir a obesidade infantil, que pediu uma análise do impacto dos impostos sobre o consumo local de vendas de alimentos menos saudáveis.

O consumo de açúcar em grandes quantidades não só torna as pessoas mais gordas, como também aumenta o risco de diabetes, doenças cardíacas e derrame, segundo a Associação Americana do Coração.

"Refrigerantes normais representam cerca de 7% de todas as calorias consumidas nos Estados Unidos," disse Block em entrevista por telefone.

Para o estudo, a equipe do pesquisador aumentou o preço de uma lata de refrigerante em US$ 0,45 ou 35% na cafeteria no hospital Brigham and Women, da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard e, em seguida, mediram o efeito sobre as vendas.

"Descobrimos que o aumento do preço levou a um declínio de 26% nas vendas dos refrigerantes normais", contou Block.

Em vez de comprarem uma bebida energética ou um suco de frutas, as pessoas aumentaram o consumo de bebidas dietéticas ou café durante o período do estudo, disse ele.

A equipe comparou o efeito do aumento de preços a uma campanha educativa, em que divulgaram cartazes e informações sobre a perda de peso e a necessidade de cortar o consumo de bebidas adoçadas.

Segundo Block, a campanha não teve nenhum efeito sobre os hábitos de compra das bebidas.

Ele disse que o estudo que sugere um aumento de preços deve ser uma alternativa para avaliar as opções para tratar a obesidade nos Estados Unidos.

"Há uma série de propostas para cobrar impostos sobre refrigerantes. Eu acho que é uma discussão importante. O estudo mostra indícios de que a medida poderia funcionar para reduzir as taxas de consumo", diz Block.

A American Beverage Association, um grupo comercial, cujos membros incluem a Coca-Cola Co, Pepsico Inc, e Dr Pepper Snapple Group, opõe-se veementemente a tais impostos e diz que o refrigerante com açúcar não é o único fator de risco para a obesidade ou doenças cardíacas.

6 de jun. de 2010

Exercícios amenizam efeitos do estresse no envelhecimento celular, diz estudo.

Exercícios breves e vigorosos parecem proteger as mulheres das marcas do envelhecimento celular.

Fazer exercícios curtos e vigorosos - aquele tipo de atividade física que faz você suar e acelera seus batimentos cardíacos - pode ajudar a amenizar os efeitos do estresse no envelhecimento celular, segundo estudo recente da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. De acordo com os autores, essas atividades físicas podem reduzir o encurtamento dos telômeros - material genético que formam as extremidades dos cromossomos -, um dos sinais chave do envelhecimento celular.

Avaliando 63 mulheres idosas saudáveis - muitas das quais cuidavam do marido com demência -, os pesquisadores observaram que as sedentárias que reportavam altos níveis de estresse tinham telômeros menores, enquanto as participantes fisicamente ativas muito estressadas não tinham telômeros menores.

Ou seja, os exercícios breves e vigorosos - pelo menos 40 minutos em um período de três dias - pareciam proteger as mulheres das marcas do envelhecimento celular.

Baseados nesses resultados, os especialistas concluíram que apenas 13 minutos diários de atividades físicas mais fortes podem ser importantes para manter telômeros mais longos.

“As pessoas sabem que o estresse é ruim para o coração, faz você parecer mais cansado e abatido, e nos deixa vulneráveis a infecções”, disse o pesquisador Eli Puterman. “E há tantas evidências acumuladas que ligam o estresse e a saúde, então, mostrar que há algo que podemos fazer quando estamos estressados que pode atrasar ou amenizar o impacto é emocionante”, acrescentou o pesquisador, recomendando 75 minutos de atividades vigorosas ou 150 minutos de moderada por semana.