Crianças testaram game que indicava comida mais adequada.
Após jogo, garotos tinham mais tendência a escolher lanche nutritivo.
Os videogames já foram acusados de atrapalhar o desenvolvimento e frequentemente são causa de brigas em família. Desta vez, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia conseguiram uma utilização positiva para os games, especialmente os online.
Com as taxas de utilização da internet crescendo entre as crianças, muitas passam horas jogando games online. Cerca de dois terços das crianças que responderam a uma pesquisa sobre o tema relataram usar esse tipo de jogo. Pois bem. Os especialistas resolveram criar um jogo destinado a crianças com idades entre 10 e 12 anos que pudesse melhorar sua alimentação e prevenir a obesidade infantil.
O jogo usava personagens e cenários de um tradicional jogo de fliperama, o Pac Man. Só que dessa vez os pontos são ganhos quando a criança leva o personagem a fazer boas escolhas nutricionais. Frutas e vegetais são premiados, enquanto refrigerantes, doces e salgadinhos fazem o participante perder pontos. Um grupo de 30 crianças de cinco escolas em Washington fizeram parte da experiência. As crianças eram de áreas da cidade onde há altas taxas de obesidade infanto-juvenil.
Foram divididas em 3 grupos. Um brincou com o jogo Pac Man tradicional, outro grupo usou a versão de escolhas saudáveis e um terceiro serviu de controle. O grupo controle escolheu seu lanche, que consistia de salgadinhos e refrigerantes. Os grupos dos jogos foram lanchar após horas de brincadeiras na internet.
Os pesquisadores puderam observar que, das crianças que usaram o jogo das escolhas nutricionais, 90% escolheu pelo menos um alimento saudável para o lanche, comparadas a somente 60% do grupo do jogo tradicional. Comprovando o efeito benéfico do jogo saudável, o grupo controle, que não usou jogo algum, fez escolhas semelhantes àquelas do grupo do jogo tradicional. Essa pesquisa mostrou que tecnologias tão criticadas quanto a dos videogames podem ser utilizadas de forma criativa e educacional.
por Luis Fernando Correia
Nenhum comentário:
Postar um comentário