25 de jul. de 2009

O sedentarismo é melhor que a atividade física?

A atividade física, quando feita de maneira inadequada, pode trazer riscos à saúde? Correto. Então, o melhor a fazer é abraçar o sedentarismo? Não – respondem em uníssono os especialistas. Vejamos os números: em uma corrida, por exemplo, o risco de morte por ataque cardíaco é sete vezes maior; porém, homens em boa forma possuem 50% menos chances de sofrer ataque cardíaco do que os sedentários, segundo estudo publicado pelo Journal of the American Medical Association, em 1982. Os sedentários e os chamados atletas de fim de semana, na opinião dos médicos, precisam redobrar a atenção. “O problema dos atletas de fim de semana é que o corpo não está preparado para realizar uma determinada intensidade de trabalho. Assim, o exercício se torna um gatilho de um evento cardíaco, que pode ser a própria parada cardíaca e a morte súbita”, analisa o cardiologista Nabil Ghorayeb.

O fisiologista e médico do esporte Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), acrescenta que os benefícios não são alcançados para aqueles que fazem exercícios somente de fim de semana. “A pessoa que faz exercício no sábado, por exemplo, deveria repetir a atividade na segunda-feira, para dar sequência no processo supercompensação”, explica. “Se ela não repetir o exercício, não dá sequência ao trabalho e não melhora a condição física”, fala o fisiologista.

Outro ponto levantado pelos especialistas são os exames e avaliações periódicas. “Consulta tem que ser feita por um médico e não por avaliador de academia”, sentencia Ghorayeb. “Quanto mais específica for a avaliação, mais seguro será o resultado para uma prescrição de atividade física”, orienta Marcio Marega, educador físico e fisioterapeuta Centro de Medicina Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein. Ele recomenda a consulta a educadores físicos a cada três meses para fazer uma reavaliação da atividade realizada. A visita ao médico, segundo educador físico, pode ocorrer a cada seis meses, para os sedentários, e um ano, para os mais ativos.

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