Diz o ditado popular que a pressa é inimiga da perfeição. Mas não só dela: é inimiga da saúde também. As pressões do cotidiano e o ritmo de vida cada vez mais frenético têm levado a um distúrbio que alguns especialistas classificam como a síndrome da pressa - um mal que atinge pelo menos 30% dos brasileiros. Esta síndrome é estudada desde os anos 80 e é um dos problemas que mais levam pessoas a procurarem tratamento médico e psicológico.
Tensão, hostilidade, impaciência, sono agitado e passos exageradamente rápidos são algumas das características deste mal contemporâneo. Além dos problemas comportamentais, a síndrome da pressa pode desencadear doenças como depressão, pânico, hipertensão e distúrbios gástricos e intestinais.
"A síndrome da pressa é um problema psicológico e comportamental. Ela pode desencadear em doenças associadas, se não for tratada devidamente. A síndrome não tem uma faixa etária específica de incidência, porém, geralmente atinge pessoas mais jovens que dispõem de energia para se ocupar de inúmeras funções" comenta a psicóloga Tânia Coe.
Apesar da alta incidência do problema, grande parte da população brasileira desconhece a síndrome, o que preocupa médicos e psicólogos.
Qualidade de vida
"Na Europa, principalmente na França, existe uma campanha para incentivar as pessoas a viverem de forma mais simples, não valorizar tanto o dinheiro, priorizando a qualidade de vida" comenta o médico psiquiatra Luiz Sérgio de Lima Gomes. "Acho que, em nosso país, muitas pessoas hoje em dia vivem num estado meio que sonâmbulo, ou seja, vão seguindo as tendências sem terem muita consciência do que estão fazendo".
Por ser um mal relativamente recente, não existe um tratamento específico para os sintomas. A "cura" da síndrome está na busca das razões para o estado permanente de estresse e na prática de terapias, atividades ou ocupações que proporcionem um estado de relaxamento.
"Embora não exista um tratamento específico, se o problema estiver ligado à ansiedade ou a altos níveis de estresse, é sugerida uma mudança de rotina como sendo a melhor forma de inibir a síndrome. Melhorar a qualidade de vida, diminuir o ritmo de sua rotina, conseguir relaxar, fazer exercícios que estimulem este relaxamento. Ou seja dedicar maior atenção a coisas simples, como dormir bem e se alimentar de forma saudável são boas soluções" destaca a psicóloga Tânia Coe.
Vítima do corre-corre do cotidiano, a advogada Fernanda Carvalho, de 30 anos, faz terapia há seis meses, desde quando foi alertada pela família sobre seu comportamento extremamente ansioso e apressado. Com uma rotina de oito horas de trabalho diário e preocupações familiares, ela tinha constantes dores de cabeça, que foram diminuindo com o ganho de controle emocional.
"Passei a fazer terapia duas vezes por semana e procurei uma atividade física, a natação, para descarregar as energias do dia-a-dia. Todos à minha volta notaram uma mudança de comportamento. E uma mudança para melhor" conta Fernanda, que possuía hábitos típicos da síndrome, como dirigir e comer muito rápido, além de se aborrecer facilmente.
Com um ritmo de vida semelhante ao da advogada, a jornalista Solange Diniz também teve de procurar tratamento.
"Acho que fui me acostumando à correria característica de meu trabalho. Não sei como isso foi influenciando tudo o que eu fazia. Mas comecei a perceber que sentia culpa por estar me divertindo. Se estivesse na praia, por exemplo, não conseguia me desligar do trabalho e aproveitar o momento de lazer. Me sentia como se estivesse perdendo tempo ou com um sentimento de culpa horrível por ter um milhão de tarefas me esperando" revela Solange, que, por conta do problema, desenvolveu gastrite crônica.
Ela se tratou com psicoterapia, homeopatia e florais e hoje está conseguindo ter mais qualidade de vida.
Tensão, hostilidade, impaciência, sono agitado e passos exageradamente rápidos são algumas das características deste mal contemporâneo. Além dos problemas comportamentais, a síndrome da pressa pode desencadear doenças como depressão, pânico, hipertensão e distúrbios gástricos e intestinais.
"A síndrome da pressa é um problema psicológico e comportamental. Ela pode desencadear em doenças associadas, se não for tratada devidamente. A síndrome não tem uma faixa etária específica de incidência, porém, geralmente atinge pessoas mais jovens que dispõem de energia para se ocupar de inúmeras funções" comenta a psicóloga Tânia Coe.
Apesar da alta incidência do problema, grande parte da população brasileira desconhece a síndrome, o que preocupa médicos e psicólogos.
Qualidade de vida
"Na Europa, principalmente na França, existe uma campanha para incentivar as pessoas a viverem de forma mais simples, não valorizar tanto o dinheiro, priorizando a qualidade de vida" comenta o médico psiquiatra Luiz Sérgio de Lima Gomes. "Acho que, em nosso país, muitas pessoas hoje em dia vivem num estado meio que sonâmbulo, ou seja, vão seguindo as tendências sem terem muita consciência do que estão fazendo".
Por ser um mal relativamente recente, não existe um tratamento específico para os sintomas. A "cura" da síndrome está na busca das razões para o estado permanente de estresse e na prática de terapias, atividades ou ocupações que proporcionem um estado de relaxamento.
"Embora não exista um tratamento específico, se o problema estiver ligado à ansiedade ou a altos níveis de estresse, é sugerida uma mudança de rotina como sendo a melhor forma de inibir a síndrome. Melhorar a qualidade de vida, diminuir o ritmo de sua rotina, conseguir relaxar, fazer exercícios que estimulem este relaxamento. Ou seja dedicar maior atenção a coisas simples, como dormir bem e se alimentar de forma saudável são boas soluções" destaca a psicóloga Tânia Coe.
Vítima do corre-corre do cotidiano, a advogada Fernanda Carvalho, de 30 anos, faz terapia há seis meses, desde quando foi alertada pela família sobre seu comportamento extremamente ansioso e apressado. Com uma rotina de oito horas de trabalho diário e preocupações familiares, ela tinha constantes dores de cabeça, que foram diminuindo com o ganho de controle emocional.
"Passei a fazer terapia duas vezes por semana e procurei uma atividade física, a natação, para descarregar as energias do dia-a-dia. Todos à minha volta notaram uma mudança de comportamento. E uma mudança para melhor" conta Fernanda, que possuía hábitos típicos da síndrome, como dirigir e comer muito rápido, além de se aborrecer facilmente.
Com um ritmo de vida semelhante ao da advogada, a jornalista Solange Diniz também teve de procurar tratamento.
"Acho que fui me acostumando à correria característica de meu trabalho. Não sei como isso foi influenciando tudo o que eu fazia. Mas comecei a perceber que sentia culpa por estar me divertindo. Se estivesse na praia, por exemplo, não conseguia me desligar do trabalho e aproveitar o momento de lazer. Me sentia como se estivesse perdendo tempo ou com um sentimento de culpa horrível por ter um milhão de tarefas me esperando" revela Solange, que, por conta do problema, desenvolveu gastrite crônica.
Ela se tratou com psicoterapia, homeopatia e florais e hoje está conseguindo ter mais qualidade de vida.
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