7 de ago. de 2009

O exercício melhora o Fígado Gordo

O aconselhamento a fazer exercício físico aos doentes com “fígado gordo” não alcoólico conduz a benefícios para a saúde independentes das alterações no peso. Este distúrbio é a forma mais comum de doença hepática crónica nos países desenvolvidos. Está associada à obesidade, insulino-resistência e diabetes tipo II, e caracteriza-se por ter enzimas hepáticas elevadas. Estes pacientes são correntemente encorajados a alterar o peso através da alimentação, mas quando são encorajados a ser activos pelo menos durante 150 minutos por semana, eles apresentam melhorias no perfil enzimático e outros índices metabólicos, não ligados à perda de peso.

À medida que a taxa de obesidade faz uma escalada mundial, a doença do fígado gordo torna-se uma epidemia com consequências desastrosas, nomeadamente para o coração. Tal como o nome sugere trata-se da acumulação de gordura no fígado. Só tardiamente é que há sintomas como fadiga ou dor abdominal. Nos homens está ligado à falta de libido e à impotência, pois transforma a testosterona em estardiol. Esta gordura conduz a inflamação hepática crónica e muitas vezes a cirrose hepática.

Um estudo publicado no European Journal of Gastroenterology and Hepatology em 2006 demonstrou que após 3 meses de nutrição adequada e exercício moderado havia uma melhoria na história desta doença. Qual é então o melhor exercício para esta patologia? À cabeça é o exercício de resistência como a marcha vigorosa. Adicionalmente o exercício com pesos completa o quadro.

por Dr. Luís Romariz

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