30 de dez. de 2009

Programas com malhação na areia e natação são opção às academias

O empresário Victor Lacerda, 23 anos, gosta de manter o corpo em forma, mas já andava cansado de academias. Depois de ter interrompido seu programa de exercícios várias vezes devido às dificuldades para conciliar o tempo de malhação com as atividades profissionais, encontrou uma solução que considera perfeita: um horário personalizado e um ambiente inspirador que é a praia.

Além disso, o programa de exercícios montado pela professora de educação física e personal trainer Mônica Medeiros inclui não só exercícios na areia, mas também natação. “É muito bom poder fazer exercícios em uma área aberta, em contato com o mar. Além de manter a forma, fico, com certeza, bem mais tranquilo”, avalia Lacerda.

Este tipo de combinação para manter a forma tem cada vez mais adeptos. Segundo Mônica, que tem outros alunos, as aulas na praia também combatem o estresse. “O ambiente ajuda a manter a concentração”, diz.

Além disso, a água do mar oferece maior resistência ao corpo, o que faz o exercício ter ainda mais resultados. “Estar em um lugar diferenciado, como a orla, já é um ganho”, diz Mônica Medeiros.

Cuidados - Mas começar um programa desses, principalmente o de natação, necessita da observação de alguns cuidados básicos. O principal é ter acompanhamento especializado. “São necessários exercícios de alongamento, saber a sua capacidade física, além de ter um programa de exercícios específico”, explica Mônica Medeiros.

Para os exercícios na água, é necessário dominar fundamentos de natação. Ainda assim, mesmo para quem já tem experiência em piscina, é bom lembrar que as condições do mar são bem diferentes. “No mar você tem o movimento das marés, as correntezas e a densidade do mar é bem maior do que a da piscina por conta do sal. Daí que o esforço para nadar vai ser bem maior”, acrescenta a personal trainner.

Referência - Por outro lado, diferente da piscina, no mar não dá para ter referência. “O ideal é escolher uma praia tranquila, evitar os dias de mau tempo e estar sempre acompanhado por alguém”, completa Mônica Medeiros. Uma dica também é escolher as praias que têm postos de salva-vidas e horários em que o sol está mais ameno. Os exercícios de alongamento, antes de começar, são fundamentais para evitar problemas como as cãibras durante o exercício na água.

Outra dica é procurar não se afastar muito da margem. Também é bom lembrar que, quem vai à praia como programa de final de semana, não deve imaginar que é possível fazer um programa de exercício de natação. Cuidado com o tempo dedicado à atividade para não sobrecarregar o corpo . Mesmo para esta natação de lazer é necessário fazer aquecimento.

Clubes - Uma outra modalidade de exercício que tem ganhado adeptos na praia é a corrida. Mas é necessário muito cuidado antes de se começar a atividade, pois ela não é recomendada para todo mundo e requer bastante esforço.

Para quem já sabe que reúne condições para este tipo de exercício, mas ainda não está animado, uma opção é se inscrever nos clubes de corrida.

“Os clubes proporcionam uma maior interação. Além do exercício físico é possível conhecer novas pessoas, fazer viagens. Assim, a atividade física se transforma em uma prática ainda mais prazerosa”, destaca o professor de educação física e personal trainer Marcelo Caetano.
Segundo Caetano, que coordena um clube de corrida, este tipo de atividade física tem resultados significativos. “A corrida é um exercício que proporciona aumento de força nos membros inferiores, dando uma maior agilidade”, acrescenta.

E as praias de Salvador são os endereços mais frequentados pelos integrantes deste tipo de grupo. Caetano, por exemplo, tem a Praia do Jardim de Alah como um dos locais favoritos para levar seus alunos do clube. Alguns deles também aderiram à prática de natação.

27 de dez. de 2009

Sedentarismo entre profissionais de saúde é preocupante

Saúde e sedentarismo

O sedentarismo prevalece entre 27,5% dos profissionais de saúde. A pesquisa também apontou um maior percentual de sedentarismo em profissionais que trabalham em municípios de grande porte e têm alto nível socioeconômico.

Para o estudo, publicado na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, foram analisados 3.347 trabalhadores. O trabalho, feito por pesquisadores das universidades federais de Santa Catarina e de Pelotas abrangeu profissionais de saúde de 240 unidades básicas de saúde (UBS) nas regiões Sul e Nordeste do Brasil.

"É urgente a necessidade de estratégias para estimular os profissionais de saúde a uma mudança de comportamento", alertam os pesquisadores no artigo. "Nesse sentido, cabe destacar a importância de projetos de capacitação de profissionais de saúde para a orientação e a prática de atividade física, a articulação entre profissionais de UBS e educadores físicos, e estudos de intervenção sobre a temática".

Trabalhadores da saúde

Todos os profissionais das UBS avaliadas foram convidados a participar do estudo, o que incluiu médicos, enfermeiros, nutricionistas, odontólogos, psicólogos, técnicos e auxiliares de enfermagem, recepcionistas e agentes comunitários de saúde.

A média de idade encontrada foi de 37 anos e, em termos de atividade profissional, 33% eram agentes comunitários de saúde.

Com relação às regiões do país, os profissionais se mostraram mais sedentários em municípios com mais de 500 mil habitantes, tanto no Sul (33,8%), quanto no Nordeste (28,8%).

Nos municípios com menos de 200 mil habitantes as prevalências variaram de 24% no sul a 21,8% no nordeste.

Mais rico, mais sedentário

"O sedentarismo foi significativamente maior naqueles que trabalham no modelo tradicional de UBS em relação àqueles vinculados ao programa de saúde da família (PSF)", comentam os pesquisadores. Além disso, trabalhar na UBS até 20 horas por semana e executar suas funções em um regime de trabalho precário não mostraram associação com o sedentarismo.

"A hipótese é que as práticas de deslocamento ativo, serviços domésticos pesados, atividades física pesada no trabalho sejam mais frequentes entre os pobres, gerando maior nível de atividade física total em comparação aos ricos, os quais apresentam maior prática de atividades física no lazer", explicam os pesquisadores.

Sedentarismo e educação

"A escolaridade esteve associada ao sedentarismo no Nordeste, e os profissionais com pós-graduação foram os mais sedentários", afirmam os pesquisadores. "Já no Sul, o tabagismo mostrou-se associado ao sedentarismo, o que não foi verificado no Nordeste".

Os pesquisadores ainda apontam a possível necessidade de orientação desses profissionais de saúde nas UBS.

"Os resultados também estimulam a pensar na possibilidade real da presença de profissional de educação física no grupo de profissionais que atendem a população, pela possibilidade de contribuir para a mudança de comportamento entre seus colegas profissionais e pelos benefícios que podem estender-se à população em geral que utiliza as UVS", concluem os pesquisadores.

23 de dez. de 2009

Exercícios de força e de potência trazem resultados semelhantes

Para ganhar massa muscular, as academias geralmente recomendam treinos de força.

Levantar altas cargas de peso ou erguer rapidamente pesos leves aumentam a força e tamanho dos músculos da mesma forma, indicam pesquisas da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP.

Para ganhar massa muscular, as academias geralmente recomendam treinos de força (aqueles em que a pessoa precisa erguer lentamente um peso de 70% do peso máximo que consegue levantar, em séries de 4 a 12 repetições).

Porém, não é comum prescrever treinos de potência, em que a pessoa ergue o mais rápido possível 30% a 60% do peso máximo (o número de repetições varia de 4 a 8). Mas, pelo menos em curto prazo, estudos mostram que os resultados são semelhantes.

Nos jovens acompanhados, o treino de potência fez com que a espessura das fibras musculares aumentasse, em média, 14% e a força, 17%. Já naqueles que fizeram o treino de força, o aumento foi de 24% e 22%, respectivamente.

Nos idosos com treino de potência, o crescimento foi de 3,9% e 33,8%.Nos que fizeram o treino de força, os músculos aumentaram 5,5% e a força 42,7%. Segundo os pesquisadores, as quantidades estão “tecnicamente empatadas”.

Com o exercício, as fibras musculares aumentam de volume, já que a tensão ativa a fabricação de novas proteínas dentro do músculo. Além disso, há crescimento da força do músculo estimulado.

Os dados com idosos foram obtidos em 2008, durante o mestrado da educadora física Lilian Walerstein, e os com jovens em 2006, durante o mestrado do bacharel em esporte Leonardo Lamas. Lilian submeteu 56 idosos a exercícios por 16 semanas, e Leonardo, 29 jovens, por 12 semanas.

Lamas retirou, com uma agulha, amostras de fibras musculares dos jovens para avaliar o seu crescimento. Já Lilian utilizou a ressonância magnética para avaliar a hipertrofia. Essa técnica mostra imagens dos músculos e tem uma precisão muito maior.

17 de dez. de 2009

Exercícios de musculação melhoram andar de mulheres idosas

A prática da musculação faz com que o andar de mulheres idosas fique mais parecido com o das jovens. Os resultados de um estudo que foi recentemente publicado na revista britânica Clinical Biomechanics pode, provavelmente, valer também para homens. A pesquisa envolveu 14 mulheres com idade média de 61 anos. Elas melhoraram aspectos do andar relacionados ao risco de quedas, como a distância do dedão do pé ao chão.

O professor Carlos Ugrinowitsch, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, foi um dos orientadores do estudo de mestrado da fisioterapeuta Leslie Persche, realizado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), e fez a maior parte das análises estatísticas. Leslie também foi orientada por André Rodacki, da UFPR e também recebeu a colaboração Gleber Pereira, da Universidade Positivo.

A pesquisa originou o projeto Efeitos de diferentes programas de atividade física em parâmetros relacionados ao risco de queda em idosos. A iniciativa une pesquisadores da USP, UFPR e Universidade Cruzeiro do Sul, e faz parte do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (PROCAD), que tem o objetivo de formar recursos humanos altamente qualificados.

Queda na velhice
Na velhice, o risco de quedas aumenta porque a pessoa passa a ter dificuldades de integrar as informações dos órgãos dos sentidos e perde muito da massa muscular. A perda, mais acentuadas nos músculos que controlam a postura, começa aos 30 anos, mas passa a ter efeitos sérios depois dos 60. Os músculos são formados por fibras tipo 1 e 2. Com o envelhecimentro, o corpo perde as fibras tipo 2, que se contraem mais rapidamente, geram mais força e resistem menos à fadiga. Sobram as fibras tipo 1, com características opostas. A gordura ocupa o lugar dos músculos.

As 14 mulheres avaliadas na pesquisa fizeram musculação três vezes por semana, durante quatro meses, com aumento gradual dos pesos. Antes e depois do período de treinos, os pesquisadores filmaram as mulheres andando e usaram um programa de computador para descrever as alterações nos seus movimentos.

O treinamento de força nas mulheres reverteu as mudanças da marcha relacionadas à idade. Elas conseguiram andar mais rápido e dar passos mais largos. As idosas também conseguiram dar passos elevando mais os pés do chão, o que diminuiu os tropeços. As passadas tinham uma frequência média semelhante a de mulheres jovens. “A musculação provavelmente aumentou a força e a velocidade das fibras tipo 1 restantes”, explica Ugrinowitsch.

Passo senil
O fortalecimento causou uma melhora no andar, mesmo que os participantes não tenham aprendido técnicas para isso. Segundo Ugrinowitsch, o resultado contraria a ideia de alguns especialistas da área. Eles acreditavam que os idosos começavam a andar em um padrão senil de forma consciente, depois que se sentiam mais fracos.

No Brasil, 30% dos idosos caem ao menos uma vez no ano, segundo dados de 2001, divulgados pelo Conselho Federal de Medicina. As quedas estão entre as causas de 12% de todas as mortes de idosos. Naqueles que são hospitalizados em decorrência de uma queda, o risco de morte depois da hospitalização varia de 15% a 50%.

Além de melhorar o caminhar de idosos a musculação traz benefícios gerais para o corpo. Para começar a praticá-la, é necessário que o idoso faça um exame médico que avalie a situação do coração e vasos sanguíneos. É imprescindível procurar orientação de um profissional de educação física.

Por Nilbberth Silva

14 de dez. de 2009



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11 de dez. de 2009

8 de dez. de 2009

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.Você pode ir de chinelo para a academia e relaxar os pés.

.Use uma roupa confortável.

.Homens usem sempre uma bermuda ou calça cumprida de agasalho.

.Mulheres prendam sempre o cabelo.




4 de dez. de 2009

BODYATTACK

1 de dez. de 2009

Busca pelo corpo dos sonhos pede cuidados com a saúde

A procura por um corpo perfeito, faz com que as pessoas submetam-se a práticas que prejudicam a saúde

Em nosso artigo anterior (Gostar do treino é o primeiro passo para o corpo dos sonhos) procuramos colocar em evidência um aspecto que consideramos fundamental para o sucesso de qualquer treinamento ou prática regular de atividades físicas, quer seja a motivação individual. É preciso reconhecer quais são os gostos e preferências de quem irá iniciar um programa de atividades físicas, como forma de buscar elementos que contribuam para a manutenção destas atividades. Caso contrário, corre-se o risco de que estas sejam abandonadas antes que se consiga alcançar o menor indício de resultados.

Da mesma forma, acreditamos que seja importante que quem busca as atividades físicas, como forma de conquistar o corpo desejado, tenha muita clareza sobre quais são os seus reais objetivos. E a definição destes objetivos passa pelo conceito de corpo que esta pessoa possui. Garrini (2007) analisa o modo como o corpo tem sido utilizado nos dias atuais pela publicidade para despertar o desejo dos consumidores pelos produtos aos quais as imagens de corpos "perfeitos", "bem delineados" e "em boa forma" estão relacionadas. A autora considera que o corpo assim adjetivado tem hoje um valor cultural que integra o indivíduo a um grupo e o destaca dos demais, em contraposição ao corpo "gordo", "flácido" e "sedentário", que simboliza a indisciplina e o descaso. Ao mesmo tempo, as pessoas são consideradas "culpadaz" pelo "fracasso" com o próprio corpo, o que se torna um aspecto imperiosamente negativo numa cultura que considera o corpo como um fator fundamental para o reconhecimento social.

Corroborando esta idéia, Santos e Salles (2009, p. 99) observam que: Em diferentes graus, esses modelos e conceitos interferem na vida de todos, sejam homens, mulheres, mais novos ou mais velhos. Em nosso estudo observamos que a beleza física e o corpo jovem e tonificado são valores importantes para um grande número de pessoas e a crença de que estes atributos são uma obrigação e uma responsabilidade do próprio indivíduo. Assim como existem variadas formas de realizar um treinamento físico e que devemos levar em consideração os gostos pessoais no momento em que vamos escolher qual metodologia iremos adotar, também é preciso levar em consideração que existem biótipos diferentes, ou seja, os corpos das pessoas são diferentes. E não há como querer seguir um padrão ideal se não existe uma homogeneidade nos biótipos. Além disto, como na escolha dos exercícios, devemos levar em consideração se as pessoas se sentem bem ou não com determinado padrão de corpo e o quanto elas estão dispostas a mudar comportamentos para conseguir "transformar" seus corpos, uma vez que tais mudanças podem torná-las mais insatisfeitas do que já se encontram.

É oportuno lembrarmos que o estereótipo de corpo perfeito nem sempre foi o mesmo ao longo da história. Na Grécia Antiga, o corpo era valorizado e colocado no mesmo patamar da mente. Buscava-se o aprimoramento das habilidades físicas, assim como se procurava desenvolver o intelecto. Na Renascença, entre os séculos XV e XVI, os corpos estavam relacionados com a fertilidade e eram retratados com formas robustas, seios grandes, ancas largas, sendo admirados os corpos com formas mais avolumadas. Descartes cindiu o ser humano em corpo e mente, valorizando a razão em detrimento ao corpo. No início do século passado, o corpo feminino desejado era miúdo e roliço. Nas décadas de 1940 e 1950, os corpos sinuosos, curvilíneos, ao estilo de Rita Hayworth e Marilyn Monroe eram símbolo de desejo e consumo.

Nos anos 1960 e 1970, os corpos excessivamente magros e longilíneos passaram a representar um novo padrão de beleza. Na década de 1980, com a ascensão da ginástica aeróbica e com o esporte se tornando produto de consumo de massa, tanto homens como mulheres passaram a valorizar o corpo "malhado", com músculos definidos e abdomens esculpidos. Kate Moss surge nos anos 1990 como ícone de um novo modelo de beleza corporal que ressuscitou o padrão da fragilidade física. Gisele Bündchen, com suas formas mais avolumadas, traz de volta nos anos 2000 a valorização dos seios fartos, das curvas mais delineadas. Como se vê, em cada época novos padrões e critérios são adotados para se conceituar o corpo dos sonhos.

A busca desenfreada por um corpo perfeito, entendido como aquele que atende aos padrões estéticos da moda, faz com que muitas pessoas submetam-se a práticas que podem causar sérios danos à sua saúde. Três resultantes perigosas dos padrões estéticos corporais adotados na atualidade são os transtornos alimentares, o uso de esteróides anabolizantes e as intervenções cirúrgicas desnecessárias. Duas patologias alimentares que tem prevalência elevada são a anorexia e a bulimia nervosas, que apresentam como sintomas comuns a preocupação excessiva com o peso, uma imagem corporal distorcida e um medo patológico de engordar. O maior problema destes dois transtornos é que existe uma alta associação destas síndromes com a morbidade (BORGES et al, 2006).

Além de todas as reportagens divulgadas recentemente sobre a proliferação do uso de esteróides anabolizantes em academias, não é difícil evidenciar que esta é uma prática crescente e preocupante. Uma pesquisa no ciberespaço pode atestar esta afirmação. Botelho (2009) mostra como praticantes de fisiculturismo discutem este assunto em comunidades do Orkut e outros endereços de relacionamento da Internet. No estudo de Santos e Salles (2009), apenas um dos 91 entrevistados confirmou fazer uso de anabolizantes. Porém, os autores comentam que estudos anteriores já demonstravam que raramente os usuários admitem o uso destes produtos quando são entrevistados por alguém de fora do seu contexto. Neste mesmo estudo (SANTOS e SALLES, 2009), quase metade dos entrevistados (47%) admitem que se submeteriam a uma cirurgia estética. Destes, 75% afirmam que valorizam a opinião externa, o que reforça a idéia que abordamos anteriormente sobre a necessidade de afiliação desejada pela maioria das pessoas, de sentir-se fazendo parte de um grupo que se destaca.

Não condenamos que pessoas procurem a cirurgia estética como forma de melhorarem sua auto-estima, pois sabemos que, em muitos casos, os aspectos positivos advindos desta escolha são extremamente benéficos. O que acreditamos que seja desnecessário é buscar uma cirurgia para corrigir detalhes estéticos pouco significativos e que poderiam ser solucionados com a adoção de um novo comportamento alimentar e de atividades físicas, sem correr os riscos de uma intervenção cirúrgica.

Acreditamos que, assim como fazemos com a escolha dos exercícios que preferimos realizar, como forma de sentirmos prazer na atividade física, evitando que ela seja abandonada prematuramente, também devemos ter muita clareza sobre o corpo que pretendemos moldar. Mais do que simplesmente atender aos apelos da moda, precisamos ter em mente que o nosso corpo é a nossa forma de expressão no mundo, ele transmite a nossa forma de pensar, nossos valores e crenças, e por isso mesmo ele é único e tem de ser valorizado.