Praticar exercícios traz grandes benefícios à saúde. Mas, para tirar o máximo proveito da atividade física é preciso que seja realizada uma avaliação precisa com a ajuda de métodos inovadores
A prática de atividade física já virou hábito para muitos brasilienses, que lotam as academias e parques públicos da cidade. E, embora seja do conhecimento de todos a importância de se ter o aval de um médico para exercitar-se, muitos não levam tal recomendação a sério, traduzindo a boa imagem no espelho ou os números a menos na balança como sinônimo de boa saúde, o que é, segundo o diretor do Centro de Excelência em Medicina do Exercício do Golden Spa, Leandro Vaz, um grande erro. “Realizar exames mais precisos é vantajoso porque garante ganho de saúde e os resultados são alcançados com muito mais rapidez e eficiência”, afirma. De acordo com o especialista, a tecnologia utilizada na área evolui a passos largos, com equipamentos de ponta que atestam um mapeamento corporal preciso do praticante de exercícios.
Um dos novos exames é o dexa, que ganhou destaque na mídia depois que passou a ser utilizado pelo clube paulista Corinthians. Com ele, a antiga avaliação feita com fitas e adipômetro dá lugar ao método de campo, no qual a composição corporal é medida por meio das dobras cutâneas, onde a gordura acumulada abaixo da pele é mensurada com um equação matemática. O exame, que é realizado na capital federal há mais de um ano, quantifica a gordura total por regiões específicas como, por exemplo, a abdominal, que está ligada à síndrome metabólica. “É como se fosse um scanner que, através de feixes de raios-x, avalia os tecidos de forma segmentada, em gramas, assim como as assimetrias apresentadas”, explica o fisiologista do exercício Renato André Silva.
Conforme Renato, o equipamento permite encontrar assimetrias indicativas de desvios de postura, treinamentos errados ou até disfunções neurológicas. Ele pode ser usado antes de começar uma atividade física e, novamente, cerca de dois a três meses depois, para medir os resultados obtidos. O exame dura 30 minutos e é utilizado por profissionais da área para criar treinamentos específicos embasados na avaliação fidedigna do aparelho. “É um exame muito bom porque fornece as porcentagens em partes. Em um treinamento, pode acontecer do aluno não reduzir o peso, mas sim a gordura abdominal”, avalia o professor Rodrigo Albuquerque, da Ápice Assessoria Esportista. “A avaliação tradicional dá um cálculo estimado e não um dado real, como o dexa”, acrescenta ele.
Para Leandro Vaz, o sucesso do método está ligada à sua sensibilidade para detectar alterações mínimas na composição corporal, além de ser extremamente eficiente para os atletas. “Os resultados do check up esportivo conduzem à prescrição adequada de exercícios e dieta, o que potencializa o alcance das metas estabelecidas e a preservação da saúde”. O terapeuta Bruno Saboia, de 32 anos, concorda. “Para o atleta, o exame dá uma noção exata do próprio corpo. No entanto, qualquer pessoa pode fazer para se conhecer melhor e garantir mais saúde ao dia a dia”, garante ele, que pratica atividade física há mais de 20 anos, conheceu o exame há quatro meses e já sentiu diferenças nos treinos.
Treinamento adequado
Outro forte aliado dos esportistas é a calorimetria indireta, desenvolvida pelo Centro de Medicina do Exercício e Nutrição da Espanha, que analisa com exatidão a taxa de metabolismo em repouso. “Pela diferença entre a quantidade de oxigênio no ar inspirado e expirado, o aparelho calcula com precisão quantas calorias o corpo está metabolizando”, esclarece o fisiologista Renato André Silva.
Segundo o especialista, cada metabolismo é único e perceber como ele funciona é essencial para estabelecer o treinamento adequado. “Se seu gasto calórico diário é de 600 calorias, por exemplo, e você ingere essa quantidade já no café da manhã, toda refeição que for feita posteriormente poderá representar um aumento de peso. Por isso algumas pessoas acham que estão se alimentando corretamente, mas não conseguem ver resultado”, salienta o fisiologista.
Ele explica que, durante o exame, o indivíduo fica deitado por cerca de 20 minutos em fazer absolutamente esforço algum, enquanto os dados são coletados. A análise é feita em jejum, quando o corpo não realizou esforço físico e, por isso, preferencialmente pela manhã. “O metabolismo possui indicativos de funcionamento como a pressão sanguínea e o nível de oxigênio no sangue. Mas, só um desses fatores não é suficiente para determiná-lo”, complementa.
Já o teste ergoespirométrico, bastante conhecido do público em geral, avalia a capacidade cardiorrespiratória em uma esteira ergométrica. “O resultado é uma faixa de frequência cardíaca ideal para a queima de gordura e ganho de massa muscular”, ressalta Renato André Silva.
por Natasha Dal Molin
A prática de atividade física já virou hábito para muitos brasilienses, que lotam as academias e parques públicos da cidade. E, embora seja do conhecimento de todos a importância de se ter o aval de um médico para exercitar-se, muitos não levam tal recomendação a sério, traduzindo a boa imagem no espelho ou os números a menos na balança como sinônimo de boa saúde, o que é, segundo o diretor do Centro de Excelência em Medicina do Exercício do Golden Spa, Leandro Vaz, um grande erro. “Realizar exames mais precisos é vantajoso porque garante ganho de saúde e os resultados são alcançados com muito mais rapidez e eficiência”, afirma. De acordo com o especialista, a tecnologia utilizada na área evolui a passos largos, com equipamentos de ponta que atestam um mapeamento corporal preciso do praticante de exercícios.
Um dos novos exames é o dexa, que ganhou destaque na mídia depois que passou a ser utilizado pelo clube paulista Corinthians. Com ele, a antiga avaliação feita com fitas e adipômetro dá lugar ao método de campo, no qual a composição corporal é medida por meio das dobras cutâneas, onde a gordura acumulada abaixo da pele é mensurada com um equação matemática. O exame, que é realizado na capital federal há mais de um ano, quantifica a gordura total por regiões específicas como, por exemplo, a abdominal, que está ligada à síndrome metabólica. “É como se fosse um scanner que, através de feixes de raios-x, avalia os tecidos de forma segmentada, em gramas, assim como as assimetrias apresentadas”, explica o fisiologista do exercício Renato André Silva.
Conforme Renato, o equipamento permite encontrar assimetrias indicativas de desvios de postura, treinamentos errados ou até disfunções neurológicas. Ele pode ser usado antes de começar uma atividade física e, novamente, cerca de dois a três meses depois, para medir os resultados obtidos. O exame dura 30 minutos e é utilizado por profissionais da área para criar treinamentos específicos embasados na avaliação fidedigna do aparelho. “É um exame muito bom porque fornece as porcentagens em partes. Em um treinamento, pode acontecer do aluno não reduzir o peso, mas sim a gordura abdominal”, avalia o professor Rodrigo Albuquerque, da Ápice Assessoria Esportista. “A avaliação tradicional dá um cálculo estimado e não um dado real, como o dexa”, acrescenta ele.
Para Leandro Vaz, o sucesso do método está ligada à sua sensibilidade para detectar alterações mínimas na composição corporal, além de ser extremamente eficiente para os atletas. “Os resultados do check up esportivo conduzem à prescrição adequada de exercícios e dieta, o que potencializa o alcance das metas estabelecidas e a preservação da saúde”. O terapeuta Bruno Saboia, de 32 anos, concorda. “Para o atleta, o exame dá uma noção exata do próprio corpo. No entanto, qualquer pessoa pode fazer para se conhecer melhor e garantir mais saúde ao dia a dia”, garante ele, que pratica atividade física há mais de 20 anos, conheceu o exame há quatro meses e já sentiu diferenças nos treinos.
Treinamento adequado
Outro forte aliado dos esportistas é a calorimetria indireta, desenvolvida pelo Centro de Medicina do Exercício e Nutrição da Espanha, que analisa com exatidão a taxa de metabolismo em repouso. “Pela diferença entre a quantidade de oxigênio no ar inspirado e expirado, o aparelho calcula com precisão quantas calorias o corpo está metabolizando”, esclarece o fisiologista Renato André Silva.
Segundo o especialista, cada metabolismo é único e perceber como ele funciona é essencial para estabelecer o treinamento adequado. “Se seu gasto calórico diário é de 600 calorias, por exemplo, e você ingere essa quantidade já no café da manhã, toda refeição que for feita posteriormente poderá representar um aumento de peso. Por isso algumas pessoas acham que estão se alimentando corretamente, mas não conseguem ver resultado”, salienta o fisiologista.
Ele explica que, durante o exame, o indivíduo fica deitado por cerca de 20 minutos em fazer absolutamente esforço algum, enquanto os dados são coletados. A análise é feita em jejum, quando o corpo não realizou esforço físico e, por isso, preferencialmente pela manhã. “O metabolismo possui indicativos de funcionamento como a pressão sanguínea e o nível de oxigênio no sangue. Mas, só um desses fatores não é suficiente para determiná-lo”, complementa.
Já o teste ergoespirométrico, bastante conhecido do público em geral, avalia a capacidade cardiorrespiratória em uma esteira ergométrica. “O resultado é uma faixa de frequência cardíaca ideal para a queima de gordura e ganho de massa muscular”, ressalta Renato André Silva.
por Natasha Dal Molin
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