31 de mar. de 2010

Cientistas descobrem gel que enche a barriga e combate obesidade

Líquido se transforma em gel quando se mistura ao ácido do estômago.
Ideia é colocar substância no leite, em iogurtes e até em refrigerantes.

Pesquisadores de em Birmingham, no interior da Inglaterra, conseguiram desenvolver um alimento que enche a barriga, mas não engorda. É um líquido que, ao entrar em contato com o ácido estomacal, se transforma instantaneamente gel. E enquanto esse gel não é absorvido pelo organismo, a pessoa não sente fome.

O produto, que ainda precisa passar por muitos testes antes de entrar no mercado, pode ser eficiente para quem sofre de obesidade – uma condição, que todo mundo sabe, pode levar a uma série de outros problemas de saúde.

O gel preenche o estômago, como se fosse alimento, e a pessoa se sente satisfeita até o gel se dissolver, o que leva entre seis e oito horas. Isso evita a fome nos intervalos entre as refeições principais – café da manhã, almoço e jantar – acabando com os lanchinhos fora de hora.

O chefe da equipe responsável pela pesquisa explica que o líquido que vira gel foi feito com produtos extraídos de cereais, verduras e frutas, tudo natural. O produto não só enche o estômago, mas alimenta.

“Isso vai revolucionar os tratamentos contra obesidade, e certamente acabar com a necessidade de intervenções cirúrgicas”, afirma uma nutricionista que trabalha para o sistema nacional de saúde da Grã-Bretanha.

O gel deverá ser comercializado dentro três anos, mas não em estado puro. A ideia é que ele seja misturado ao leite, iogurtes e até refrigerantes – além de saudável, ele precisa ser saboroso.

29 de mar. de 2010

Música relaxa tanto quanto massagem

A pesquisa foi feita com 68 pacientes que sofriam de ansiedade.

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Massagem reduz a ansiedade, mas existe outro método tão eficaz quanto, porém, mais econômico. Trata-se, somente, de ouvir uma música relaxante e suave.

Estudo do National Institute of Mental Health mostra que os pacientes tiveram seus sintomas de ansiedade reduzidos depois de três meses de massagem. No entanto, os pesquisadores constataram que ouvir uma música relaxante também traz os mesmos benefícios.

O teste foi feito com 68 pacientes que sofriam de ansiedade. Elas foram colocadas em três grupos diferentes que receberam técnicas de relaxamento distintas: um grupo recebia massagem, outro ouvia música relaxante e respirava fundo, outro tinha os braços e pernas envolvidos em toalhas quentes, mas todos ouvindo música.

O resultado foi que nenhum dos grupos apresentou resultados diferentes no final de três meses.

Segundo a pesquisadora Karen J. Sherman, tratamento em uma sala que tem artifícios relaxantes, como a música, é muito mais econômico do que qualquer outro tratamento. Por isso, é um bom complemento, juntamente com o tratamento psicológico, para as pessoas que sofrem de ansiedade generalizada.

da HealthDay

26 de mar. de 2010

Manter diário com o que come faz você perder o dobro do peso


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Todo mundo sabe que diminuir o consumo de calorias e praticar atividade física realmente funciona quando o objetivo é perder peso. Mas manter um diário registrando o que se come pode fazer toda a diferença. Uma recente pesquisa publicada pelo American Journal of Preventive Medicine concluiu que essa ferramenta é uma das medidas mais importantes para quem deseja emagrecer. De acordo com os dados do estudo realizado pelo Kaiser Permanente’s Center for Health Research, quanto maior for a disposição para escrever detalhadamente o que se comeu a cada dia, maior será a quantidade dos quilos a menos.

“Nosso trabalho mostrou que quem usa essa técnica pode perder o dobro do peso em relação às pessoas que não usam um diário. Parece que o simples ato de escrever encoraja a diminuir o consumo de calorias”, afirma Jack Hollis, um dos idealizadores da pesquisa e professor de Saúde Pública e Medicina Preventiva da Universidade de Oregon (EUA).


Outro colaborador do estudo, Keith Bachman, médico especializado em medicina interna, diz que embora a ideia possa representar mais um dever a ser cumprido no plano de emagrecimento do paciente, a providência não precisa se tornar algo formal.


“Anotar o que se comeu em um post-it, mandar para si mesmo e-mails contando sobre cada refeição, e até enviar uma mensagem de texto funciona. É o processo de reflexão sobre o que nós comemos que mantém nossos hábitos sob controle, e traz a esperança para a mudança de comportamento”, ensina o especialista.


Como, logo engordo

De acordo com a nutricionista funcional Patrícia Davidson, uma das frases mais comuns entre os obesos é dizer que não comem nada e, por isso, não entendem porque engordam. “O diário documenta a razão porque a gordura que incomoda tanto se instalou. E não foi por causa de uma dieta à base de alface”, brinca.

“As pessoas não têm noção do que comem, não enxergam as quantidades que consomem, nem o prejuízo de atender àquela vontade de comer qualquer coisa”. “O açúcar usado nos cinco cafés diários são desprezados, a gordura do pequeno doce escolhido para a sobremesa também. Sem falar dos alimentos diet e light que, por terem esse rótulo, convidam ao exagero durante todo o dia”.


Segundo a especialista, esses atos, que a maioria julga inofensivos, contribuem para que o peso vá aumentado pouco a pouco a cada mês. "As pessoas só caem em si quando a roupa que usou há seis meses não fecha mais. Para quem consegue manter o diário, conscientizar-se disso leva a ótimos resultados”, conclui a especialista.


Enfrentando a realidade

Na prática, o diário auxilia os profissionais de saúde a monitorar seus pacientes, antes e durante o tratamento, especialmente se eles seguem as orientações médicas. Davidson comenta que ao aceitar o uso do diário, o paciente tem que ser avisado de que eventuais omissões podem prejudicar o tratamento. “Entretanto, o profissional que usa esse tipo de estratégia sabe quando alguma coisa não está encaixando”, diz.

Segundo a endocrinologista Rosana Radominski, professora de Universidade Federal do Paraná (UFPR), e presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), as anotações estão relacionadas à realidade do paciente. Mas seu sucesso dependerá de sua percepção quanto à importância desse tipo de tarefa. “Muitas vezes o indivíduo omite a ingestão de determinados alimentos, principalmente doces, beliscadinhas, uso de bebidas alcoólicas etc."


Se a resistência em relatar a verdade persiste, a intervenção de um psicoterapeuta pode ser essencial para o entendimento e enfrentamento do problema. Como a comida pode ser objeto de compensação para frustrações, ansiedades e questões que incomodam afetivamente, identificar a dinâmica que faz prevalecer a compulsão em detrimento da dieta contribui para que o paciente deixe de ser refém dos impulsos.


“A prática de escrever permite que a pessoa se reconheça, se perceba e visualize objetivamente as próprias dificuldades. E o processo a estimula a prestar mais atenção no que está acontecendo em sua vida”, explica a psicanalista Nilda Jock. “Nos distúrbios alimentares são comuns altos níveis de ansiedade ligados à forte necessidade de aprovação e aceitação. Olhar para si é o primeiro passo para construir uma auto-estima baseada em atitudes mais saudáveis.”, declara.

18 de mar. de 2010

Pesquisa afirma que poucos minutos de atividade física por dia, podem dar grandes resultados

Agência FAPESP – Melhor arrumar outra desculpa além da tradicional falta de tempo para não fazer exercícios físicos. De acordo com uma nova pesquisa feita por cientistas canadenses, pode-se ter ganhos importantes mesmo com poucos minutos de atividade física por dia.

O estudo foi conduzido por um grupo da Universidade McMaster e publicado no The Journal of Physiology. O trabalho reforça os benefícios do treinamento curto e intervalado de alta intensidade, considerada uma alternativa eficiente para os tipos tradicionais de exercícios de longa duração. Ou seja, é possível obter mais com menos.

O treino intervalado de alta intensidade em curto período envolve executar rápidos momentos de exercícios intensos com um pequeno intervalo entre eles. Segundo os autores do estudo, o resultado para indivíduos jovens e saudáveis se mostrou equivalente ao treinamento de resistência de longa duração.

O novo estudo também indicou que as séries curtas não precisam ser feitas no limite da resistência da pessoa. Apesar de estar em um ritmo acima da zona de conforto, os tiros dos voluntários foram feitos abaixo do máximo que conseguiriam.

“Verificamos que o treino intervalado não precisa ser do tipo ‘tudo ou nada’ para que se mostre efetivo. Dez séries de apenas 1 minuto de tiro em uma bicicleta ergométrica, com 1 minuto de descanso entre elas, três vezes por semana, funcionam tão bem na melhoria da musculatura como muitas horas de exercícios convencionais de longa duração, mas com menos intensidade”, disse o professor Martin Gibala, um dos autores do estudo.

Segundo os cientistas, o treino curto e intervalado de alta intensidade – mas não extremo – pode funcionar também para indivíduos com sobrepeso, mais velhos e com condicionamento abaixo da média, uma vez que não envolve chegar no limite.

Os benefícios dos exercícios físicos para a saúde são conhecidos, mas a abordagem tradicional exige um considerável número de horas por semana de treinos. Segundo Gibala, 10 tiros de 1 minuto trazem resultados equivalentes a 10 horas de bicicleta ergométrica em ritmo moderado durante um período de duas semanas.

Os pesquisadores não sabem por que o treino curto, intervalado e intenso é tão eficiente, mas observaram que ele estimula muitos dos mesmos caminhos celulares responsáveis pelos efeitos benéficos associados com o treinamento de resistência tradicional.

“Apesar de ainda ser uma forma exigente de treinamento, o protocolo que usamos é possível de ser feito pelo público em geral e envolve pouco tempo e o uso apenas de uma bicicleta ergométrica”, disse Gibala.

Na sequência da pesquisa, os autores pretendem examinar se o treino curto e intervalado de alta intensidade também traz benefícios a indivíduos obesos ou com problemas metabólicos como diabetes.

1 de mar. de 2010

Pesquisa comprova que quem come mais rápido consome mais calorias

As mães sempre pedem aos filhos na mesa de jantar que tenham calma e mastiguem bem a comida. Aparentemente, elas têm um motivo para isso. Pesquisadores descobriram evidências, ao longo dos anos, que quando as pessoas devoram os alimentos acabam consumindo mais calorias do que quando se alimentam num ritmo mais lento. Um motivo é o efeito da ingestão mais rápida sobre hormônios.

Num estudo publicado no mês passado, cientistas descobriram que quando um grupo de participantes recebia uma porção idêntica de sorvete em diferentes ocasiões, eles liberavam mais hormônios que davam a sensação de saciedade quando tomavam o sorvete em 30 minutos, em vez de 15. Os cientistas coletaram amostras de sangue e mediram a insulina e os hormônios do trato intestinal antes, durante e depois do sorvete. Eles descobriram que dois hormônios que sinalizam a sensação de saciedade, ou de estar cheio mostraram uma resposta mais pronunciada quando os participantes tomaram o sorvete mais devagar.

A sensação de saciedade leva a comer menos, como sugeriu outro estudo publicado no "The Journal of the American Dietetic Association" em 2008. Nesse estudo, os participantes relataram maior saciedade e consumiram aproximadamente 10% menos calorias quando comeram devagar, em comparação a quando simplesmente engoliram os alimentos. Em outro estudo, com 3 mil participantes, publicado no The British Medical Journal, as pessoas que informaram comer rapidamente e comer até se sentirem cheias tiveram risco três vezes maior de estarem acima do peso em comparação a outras pessoas.

Em outras palavras, os especialistas afirmam que diminuir o ritmo e saborear mais os alimentos é bom e não dói. Comer mais devagar pode aumentar a sensação de saciedade, reduzindo a ingestão de calorias.

do New York Times

por ANAHAD OCONNOR